Política

Venezuela não acata decisão de Bolsonaro e mantém diplomatas no Brasil

O governo federal tinha dado 48 horas para que o corpo diplomático venezuelano deixasse o país

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro
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O governo da Venezuela se nega a retirar o seu corpo diplomático do Brasil, ao denunciar nesta quinta-feira (30) o governo de Jair Bolsonaro de “pressões desnecessárias”, que por sua vez não reconhece como presidente Nicolás Maduro.

Nesta terça-feira 29, o Ministério das Relações Exteriores enviou um ofício à Embaixada da Venezuela em Brasília para informar que os diplomatas do país têm até 2 de maio para deixar o Brasil. Os diplomatas que permanecerem no país após essa data serão considerados “persona non grata”, perdendo as proteções diplomáticas.

Um comunicado do ministério das Relações Exteriores venezuelano acusou o Brasil de “pretender forçar a saída do corpo diplomático e consular da Venezuela no país até o dia 2 de maio, alegando supostas negociações prévias, que nunca de fato ocorreram”.

“O corpo diplomático e consular da Venezuela no Brasil não abandonará suas funções sob artifícios fora dos parâmetros do direito internacional”, acrescentou o texto.

O governo de Maduro também acusou o Brasil de ser “abertamente subordinado” aos Estados Unidos, que com uma série de sanções econômicas lidera a pressão internacional para que o chefe de Estado venezuelano deixe o poder, considerando-o um “ditador”.

No último 5 de março, o governo Bolsonaro ordenou a retirada de todos os diplomatas e funcionários brasileiros da Venezuela. A saída total ocorreu no último 17 de abril.

O Brasil apoia uma proposta de Washington no qual planeja implantar um governo de transição no país que não inclua Maduro ou Guaidó, esse último reconhecido por muitos países como presidente interino do país petroleiro.

Em novembro de 2019, partidários de Guaidó ocuparam por 13 horas a embaixada da Venezuela em Brasília, mas abandonaram o local após mediação do Itamaraty.

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