Política
Velório de Paulo Frateschi tem a presença de Haddad, Dirceu e Edinho; Lula envia mensagem
O ex-presidente do PT paulista morreu após ser esfaqueado pelo próprio filho na casa da família, na capital
Políticos, parentes e amigos participaram do velório do ex-deputado Paulo Frateschi na Assembleia Legislativa de São Paulo, nesta sexta-feira 7. O ex-presidente do PT paulista morreu na quinta-feira após ser esfaqueado pelo próprio filho na casa da família, na Lapa, zona oeste da capital.
Estiveram presentes na despedida, entre outros, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; o presidente do PT, Edinho Silva; os deputados Ivan Valente (PSOL-SP) e Rui Falcão (PT-SP); os ex-deputados José Dirceu e José Genoino; e o escritor Fernando Morais.
O presidente Lula (PT) enviou uma mensagem, lida pelo ator Celso Frateschi, irmão de Paulo.
Emocionado, Haddad relembrou a amizade de mais de 40 anos com Paulo Frateschi. “Era uma figura excepcional. Sem sombra de dúvida, uma das pessoas mais queridas no PT, por seus gestos, pela sua postura, pela amizade, pela sua generosidade. Uma das pessoas mais adoráveis que a gente tinha.”
Edinho, por sua vez, afirmou que Frateschi exerceu uma liderança “muito forte” no PT e classificou a morte como “uma perda trágica”.
Às 14h, um cortejo saiu da Alesp com destino ao Cemitério Memorial Parque Jaraguá, para o sepultamento.
O ex-deputado deixou a esposa, Yolanda Maux Vianna, filhas, netos e irmãos. “Meu pai foi um lutador, um guerreiro, alguém que passou a vida lutando por este país e pela democracia brasileira. Ele merece ser tratado com amor e com respeito neste momento”, disse a filha mais velha, Yara.
A jornalistas presentes no velório, Yara explicou que o irmão, Francisco, autor das facadas, passa por sofrimento psíquico e não tem consciência de seu ato. “É uma doença psíquica e a gente precisa saber lidar com isso. Ele não é um monstro, o que não significa que a gente não esteja sofrendo uma dor imensa.”
Paulo Frateschi foi um integrante histórico do PT. Combateu a ditadura como estudante e, em 1969, foi preso e torturado pelo regime militar. Posteriormente, participou da fundação do partido e se elegeu deputado estadual em 1982, ocupando o cargo até 1987.
Foi presidente do PT no estado de São Paulo e membro do diretório nacional da sigla. Também exerceu o posto de secretário municipal de Relações Governamentais nas gestões de Marta Suplicy e de Fernando Haddad.
(Com informações da Agência Brasil)
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