‘Vamos viajar e convencer’, diz Alckmin sobre conquistar eleitor ‘conservador’ com Lula

Após se filiar ao PSB, o ex-tucano exaltou a decisão do novo partido de se aliar ao PT: 'Compromisso com o Brasil'

A filiação de Geraldo Alckmin ao PSB, em Brasília. Foto: Alisson Matos

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Após se filiar ao PSB, em Brasília, nesta quarta-feira 23, o ex-tucano Geraldo Alckmin indicou sua estratégia para diminuir a resistência de parcelas conservadoras do eleitorado à sua chapa eleitoral com o ex-presidente Lula (PT). Segundo Alckmin, “política é convencimento” e “muitos veem com entusiasmo” o seu ingresso nos quadros socialistas.

“Agora é que vamos começar a viajar, conversar, explicar, convencer, de maneira respeitosa, mas mostrando a realidade que estamos vivendo e os riscos que a política e o povo estão correndo”, declarou o ex-governador paulista em entrevista coletiva. “Não tem outro caminho para melhorar a vida do povo além da via democrática, que assegura a liberdade e os avanços sociais.”

Alckmin preferiu não se debruçar sobre divergências entre petistas e socialistas em palanques estaduais. No caso de São Paulo, o PT banca o nome de Fernando Haddad, enquanto o PSB insiste no lançamento de Márcio França para o governo.

Segundo o ex-tucano, os pleitos nacional e estaduais são “distintos” e, “na maioria, estarão todos juntos [PT e PSB], enquanto em outros poderão legitimamente disputar”.

Questionado sobre uma suposta necessidade de “acalmar o empresariado” refratário à ideia de um terceiro governo Lula, Alckmin afirmou que “todo mundo quer que a economia cresça e que a gente tenha emprego e renda”. Declarou ainda que o desafio é “consolidar o processo democrático, retomar a atividade econômica geradora de emprego e renda e recuperar as políticas públicas”.

Alckmin negou, por fim, já haver uma data definida para o anúncio oficial de sua chapa com Lula, mas reforçou que tem dialogado com o petista e exaltou a decisão do PSB de compor a aliança com o PT nas eleições presidenciais.


“O importante foi a definição do PSB, de grande responsabilidade e compromisso com o Brasil, de apoio ao presidente Lula – baseado na defesa da democracia, da retomada do emprego e da renda, do fortalecimento da economia, com uma agenda de competitividade e políticas públicas que não podem ir para trás, e o combate à desigualdade.”

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