Política
Valério pagou para cessar chantagem ao PT em Santo André, diz jornal
Em depoimento no MPF, publicitário teria dito que fez repasses para acabar com ameaças contra importantes membros petistas


O publicitário Marcos Valério, condenado a mais de 40 anos de prisão por seu envolvimento no “mensalão”, afirmou em depoimento voluntário prestrado em setembro ao Ministério Público Federal que valores do esquema foram direcionados a Santo André após o assassinato do prefeito Celso Daniel (PT), em 2002. Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, citando investigadores que tiveram acesso ao depoimento sigiloso, o dinheiro pagou supostas ameaças e chantagens a importantes membros do partido.
O diário ainda apontou que Valério mencionou outras remessas de recursos para o exterior no “mensalão” e citou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro Antonio Palocci.
De acordo com reportagem desta semana da revista Veja, em 2003 o ex-secretário-geral do PT, Silvio Pereira, procurou Valério para que o publicitário enviasse valores ao empresário de ônibus Ronan Maria Pinto. O repasse teria intuito de calar Pinto, que havia ameaçado revelar uma suposta relação de Lula e do atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, com o esquema de desvio de dinheiro público da prefeitura de Santo André.
Inicialmente, diz a revista, Valério não quis se envolver no assunto, mas realizou os repasses. À época, as investigações indicavam que o assassinato ocorreu porque Celso Daniel pretendia acabar com esquema de arrecadação de propina.
O depoimento de Valério faz parte de uma tentativa do publicitário em conseguir um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República em troca de informações novas sobre o “mensalão”. O pedido foi formalizado em um fax ao Supremo Tribunal Federal, que julga o processo.
O publicitário teria dito temer por sua vida e, por isso, pode entrar para o programa de proteção a testemunhas, caso um acordo com a PGR seja consumado.
De acordo com o Estado de S.Paulo, Gilberto Carvalho e Pereira negaram envolvimento com as supostas chantagens e o Instituto Lula não comentou o caso.
O publicitário Marcos Valério, condenado a mais de 40 anos de prisão por seu envolvimento no “mensalão”, afirmou em depoimento voluntário prestrado em setembro ao Ministério Público Federal que valores do esquema foram direcionados a Santo André após o assassinato do prefeito Celso Daniel (PT), em 2002. Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, citando investigadores que tiveram acesso ao depoimento sigiloso, o dinheiro pagou supostas ameaças e chantagens a importantes membros do partido.
O diário ainda apontou que Valério mencionou outras remessas de recursos para o exterior no “mensalão” e citou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro Antonio Palocci.
De acordo com reportagem desta semana da revista Veja, em 2003 o ex-secretário-geral do PT, Silvio Pereira, procurou Valério para que o publicitário enviasse valores ao empresário de ônibus Ronan Maria Pinto. O repasse teria intuito de calar Pinto, que havia ameaçado revelar uma suposta relação de Lula e do atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, com o esquema de desvio de dinheiro público da prefeitura de Santo André.
Inicialmente, diz a revista, Valério não quis se envolver no assunto, mas realizou os repasses. À época, as investigações indicavam que o assassinato ocorreu porque Celso Daniel pretendia acabar com esquema de arrecadação de propina.
O depoimento de Valério faz parte de uma tentativa do publicitário em conseguir um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República em troca de informações novas sobre o “mensalão”. O pedido foi formalizado em um fax ao Supremo Tribunal Federal, que julga o processo.
O publicitário teria dito temer por sua vida e, por isso, pode entrar para o programa de proteção a testemunhas, caso um acordo com a PGR seja consumado.
De acordo com o Estado de S.Paulo, Gilberto Carvalho e Pereira negaram envolvimento com as supostas chantagens e o Instituto Lula não comentou o caso.
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