Economia

Vai passar por pressão como eu passei, diz Campos Neto sobre Galípolo

A indicação do novo presidente do BC foi confirmada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta quarta-feira

Vai passar por pressão como eu passei, diz Campos Neto sobre Galípolo
Vai passar por pressão como eu passei, diz Campos Neto sobre Galípolo
Atual presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
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O atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quinta-feira 29 que não existe “calmaria” quando se fala em liderar o BC e que Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Lula (PT) para seu lugar na instituição, também vai passar por pressões.

“Vai passar por pressão como eu passei. O importante é a gente entender que institucionalidade está melhorando, a gente precisa tirar o Banco Central dessa polarização”, disse o presidente do BC no painel Os Caminhos para o Crescimento: Estratégias para o Brasil, no evento CNN Talks.

“Eu sempre digo que espero que o meu sucessor não seja julgado nem pela camisa, nem pelo jantar e pelo evento que participou, mas pelas decisões técnicas que tomou”, comentou.

Questionado se o governo seria mais ‘colaborativo’ com Galípolo, já que ele foi indicado por Lula, Campos Neto avaliou que, independente da proximidade, a pressão faz parte da nova realidade de um BC independente.

“Ele vai atravessar um outro mandato que pode ser do mesmo governo ou não. Então é importante entender que isso faz parte do Banco Central daqui pra frente. Em alguns casos, conviver com um executivo que não foi aquele que indicou“, afirmou.

Galípolo, que é diretor de Política Monetária da autarquia, foi indicado para a presidência do Banco Central nesta quarta-feira. Para assumir o cargo, ele ainda precisará ser sabatinado pelo Senado.

Com o aval dos senadores, Galípolo substituirá Roberto Campos Neto, que permanece no cargo até o fim de dezembro. O mandato do presidente do BC é de quatro anos.

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