Na quarta-feira 13, o presidente Lula fez seu primeiro discurso à frente do G-20, grupo das maiores economias do mundo, durante uma reunião em Brasília dos principais negociadores do bloco na área de finanças. Apesar de a pauta ser outra, Lula voltou a defender um cessar-fogo permanente entre Israel e o Hamas e a libertação dos reféns. Desde o início da guerra, o governo trouxe para a casa, nas asas da FAB, 1,5 mil brasileiros retidos na zona do conflito. A repatriação exigiu negociações delicadas em uma região complexa. Para o governo conhecer ao máximo o terreno e os atores políticos capazes de influenciar a operação de resgate, a diplomacia não parecia suficiente. A Agência Brasileira de Inteligência entrou em cena, diz seu diretor-geral, Luiz Fernando Corrêa.
A Abin também ajudará o Palácio do Planalto durante a presidência rotativa do G-20, até novembro de 2024, mês em que o bloco fará uma reunião de cúpula no Rio de Janeiro. Lula elegeu o combate à fome, às desigualdades e às mudanças climáticas como bandeiras no período. Como cada país do bloco se posiciona nesses temas e se colocará diante de eventuais propostas do Brasil? E no caso de crises globais que podem surgir, ou persistir até lá, como os conflitos em Gaza e na Ucrânia? São respostas que o serviço de inteligência tem condições de antecipar, para contribuir com as posições de Lula.
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