‘Um país que mata crianças é tudo, menos democrático’, diz Silvio Almeida após ataque a creche em SC

Quatro crianças morreram no atentado em Blumenau; ministros citam a necessidade de enfrentar uma cultura de ódio e violência

No comando do Ministério dos Direitos Humanos, Silvio Almeida assume a missão de combater o discurso de ódio. Foto: José Cruz/Agência Brasil

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O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, se manifestou sobre a morte de quatro crianças em Blumenau (SC), nesta quarta-feira 5. Um homem armado com uma machadinha invadiu a creche em que as vítimas estavam.

“Um país que mata crianças é tudo, menos democrático; é tudo, menos decente. Estamos falhando miseravelmente com as crianças e adolescentes, com as pessoas que mais precisam de nós”, registrou o ministro nas redes sociais. “Temos que admitir isso para podermos dar um passo à frente.

“Quero pedir desculpas por meio do Estado brasileiro a todos (…) Estamos permitindo que crianças sejam assassinadas, mas há outras formas de morte: temos permitido que crianças passem fome, temos permitido que crianças fiquem sem escola, temos permitidos que crianças fiquem nas ruas sem amparo, proteção, sem moradia.”


Segundo a PM, o autor do crime em Blumenau já tinha passagens pela polícia e se entregou após o atentado.

No último dia 27, um estudante de 13 anos promoveu um ataque à Escola Estadual Thomazia Montoro, na zona oeste de São Paulo, e deixou uma professora morta.

Ministros de Lula repercutem a tragédia

O caso desta quarta-feira também foi lembrado por outros ministros de Estado. A maioria das manifestações aponta a necessidade de enfrentamento à cultura do ódio e da violência no País.

O ministro da Educação, Camilo Santana, se disse ‘chocado’ e afirmou estar em contato com o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), para acompanhar o caso.

“Recebemos chocados a informação do ataque a uma creche em Santa Catarina, vitimando crianças indefesas e provocando uma dor imensurável às famílias e angústia à população. Minha solidariedade a todos diante dessa tragédia, que comove o País.”

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, também registrou sua solidariedade diante de mais um caso decorrente da ‘cultura da violência e do ódio’.


O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta, também criticou o que chamou de ‘cultura de violência’.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, associou o caso ao legado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

 

Já o ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que se reunirá com o presidente Lula (PT) para debater “medidas de apoio a estados, municípios, escolas privadas e comunidades”.

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