Política

Tucanos evitam confrontos e ressaltam terceira via em último debate

Em debate, Virgílio cobrou permanência dos candidatos no PSDB mesmo em caso de derrota e afirmou que ‘precisamos desbolsonarizar o partido’

Tucanos evitam confrontos e ressaltam terceira via em último debate
Tucanos evitam confrontos e ressaltam terceira via em último debate
Foto: Kelly Queiroz/CNN Brasil
Apoie Siga-nos no

Os candidatos do PSDB às prévias do partido exibiram mais concordâncias e ensaiaram uma reconciliação em debate promovido pela CNN na quarta-feira 17. O encontro entre os governadores João Doria (São Paulo) e Eduardo Leite (Rio Grande do Sul), e o ex-senador do Amazonas, Arthur Virgílio, é o último antes da votação, marcada para o domingo. Virgílio ainda pediu para Leite e Doria um compromisso para que os candidatos permanecessem no PSDB, independente do resultado da prévia. “Precisamos desbolsonarizar o partido”, disse.

A afirmação foi feita após um debate acirrado realizado pelo jornal O Estado de S. Paulo, com trocas de farpas entre o gaúcho e o paulista, e o pedido de adiamento da eleição feito pelo deputado federal Jutahy Júnior (BA), aliado de Leite – movimento que causou reação dos coordenadores da campanha de Doria.

 

Durante o debate, os três candidatos mantiveram o posicionamento contra o presidente da República, Jair Bolsonaro. “Nossos sentimentos, dos três candidatos, é um sentimento pelo Brasil”, disse Doria.

O governador paulista disse que o vencedor construirá “uma alternativa que faça os extremismos de Lula e Bolsonaro”.

Os três candidatos mantiveram críticas à condução da pandemia por parte de Bolsonaro. Doria e Leite mantiveram concordância em relação à apresentação de projetos próprios em seus governos estaduais.

Em temas próximos ao bolsonarismo, como o porte de armas, Leite acredita que a solução para a diminuição da criminalidade não é a redução do armamento disponível à população, mas entende que a solução “não é o absoluto desarmamento”.

Para ele, em lugares de acesso mais difícil, como zonas rurais, cabe a possibilidade de porte de armas para a proteção de propriedade. “Mas, seguramente, não se trata de uma política armamentista, que na mão dos cidadãos abra espaço para mais violência.”

Arthur Virgílio, por sua vez, seguiu com fortes críticas à política ambiental do governo federal, com afirmações duras sobre o agronegócio na Amazônia. “Precisamos cuidar dos rios, que não vivem sem as florestas e das florestas, que não vivem sem os rios.”

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo