O Tribunal Superior Eleitoral determinou que o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), apague publicações falsas sobre o ex-presidente Lula (PT). Além do parlamentar, os sites que repercutiram a mentira também deverão remover o conteúdo.
A publicação falsa dizia que Lula iria acabar com o emprego de motoboys e motoristas de Uber, quando na verdade o ex-presidente defendeu o oposto. As declarações do petista foram editadas e descontextualizadas e, por isso, compreendidas como fake news.
A realidade é que Lula escreveu em suas redes sociais que o “nosso povo vai voltar a trabalhar, voltar a ter carteira de trabalho assinada. Se quiser ser empreendedor, vai ganhar crédito para montar seu negócio. Esse país não quer eternizar empregos de aplicativos que as pessoas não conhecem o patrão, não tem direito à férias”.
A publicação de Eduardo gerou notícia em ao menos três sites: o Blog do Linhares, a Revista Oeste e o site O Antagonista.
A decisão foi tomada pela ministra Maria Claudia Bucchianeri. Ela também acatou outro pedido da defesa do petista que solicitava a remoção de publicações que associavam Adélio Bispo, autor da facada em Bolsonaro, a Lula. A postagem dizia que o irmão do autor do atentando contra o ex-capitão tinha fotos com o petista, o que é falso, conforme apontaram diversas agências de checagem desde 2020, quando a fake news passou a circular.
Sobre o tema, a ministra do TSE destacou: “o conteúdo impugnado é veiculado nas redes sociais desde meados de 2020 e vem sendo desmentido desde então pela mídia e por meio de diversas agências de checagem de fatos, como a Fato ou Fake, Aos Fatos, PaiPee e AFP Checamos, entre outras”.
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