O Tribunal Superior Eleitoral manteve, nesta quinta-feira 13, decisão liminar que determinou a suspensão de propaganda eleitoral do PT que associava o presidente Jair Bolsonaro (PL) a canibalismo.
Na peça publicitária, a coligação de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) utiliza trecho de uma entrevista dada pelo ex-capitão em 2016, em que ele diz que “comeria um índio sem problema nenhum”.
Para a campanha de Bolsonaro, a propaganda usou de “grave e intencional descontextualização” como “estratégia publicitária”.
No vídeo, Bolsonaro conta que em um episódio vivido por ele, um indígena morreu e teria sido “cozinhado” por outros indígenas.
“Morreu um índio, e eles estão cozinhando. Eles cozinham o índio. É a cultura deles”, disse ele.
Em decisão monocrática, o ministro Paulo de Tarso Sanseverino, entendeu que a declaração do presidente foi tirada de contexto.
“Verifica-se que, como alegado, a propaganda eleitoral impugnada apresenta recorte de determinado trecho de uma entrevista concedida pelo candidato representante, capaz de configurar grave descontextualização”, escreveu o ministro na decisão.
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