Política

Trump não resistiu à pressão dos aliados e dos próprios empresários dos EUA, diz Haddad

O ministro avaliou que o Brasil se posiciona de forma privilegiada ao tarifaço, já que pode aumentar suas exportações para os grandes blocos econômicos

Trump não resistiu à pressão dos aliados e dos próprios empresários dos EUA, diz Haddad
Trump não resistiu à pressão dos aliados e dos próprios empresários dos EUA, diz Haddad
O ministro da Fazenda Fernando Haddad. Foto: Divulgação/Ministério da Fazenda
Apoie Siga-nos no

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira 11 que o presidente dos EUA, Donald Trump, não resistiu à pressão dos aliados e dos próprios empresários americanos e teve que voltar atrás em seu tarifaço. O presidente norte-americano anunciou no começo da semana uma pausa de 90 dias nas tarifas impostas a dezenas de países, com exceção da China, que deve ter até 145% de taxas.

“Começou um ciclo que não terminou, já que praticamente todos os dias temos novidades e não estabilizou o cenário. Ficou claro que a China é o alvo central”, disse o ministro em entrevista à BandNewsFM.

“Foi um choque muito severo o que foi anunciado inicialmente. Eu não tenho lembrança de algo tão radical que tenha sido feito e que causou uma turbulência momentânea bastante evidente, mas não temos como analisar antes de estabilizar o quadro”, destacou.

O ministro avaliou ainda que o Brasil se posiciona de forma privilegiada, já que pode aumentar suas exportações para os grandes blocos econômicos, como a União Europeia e o sudoeste asiático.

“Temos acordos bilaterais com a China e com o sudeste asiático muito relevantes. Temos um acordo de livre comércio firmado com a UE, que na minha opinião vai ser acelerado em função do que aconteceu”, disse.

Haddad exaltou ainda a postura que o presidente Lula (PT) adotou em relação à guerra comercial e que os EUA não têm muito a ganhar em uma ofensiva contra o Brasil. “É de pouca serventia os Estados Unidos retaliarem o Brasil, porque o Brasil compra mais do que vende para os Estados Unidos”, disse.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo