Trump elogia Bolsonaro, mas não descarta taxar produtos brasileiros

Ex-capitão diz ser "uma honra" participar de jantar com Trump. O republicano "não faz nenhuma promessa" sobre produtos brasileiros

Donald Trump e Jair Bolsonaro durante jantar em Mar-a-Lago. Foto: JIM WATSON / AFP

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O presidente americano disse que o ex-capitão “faz um trabalho fantástico”, mas se  recusou a descartar novas tarifas a produtos brasileiro que entram nos EUA.

O presidente americano, Donald Trump, afirmou no sábado 7 que Jair Bolsonaro (sem partido) “faz um trabalho fantástico”, mas se recusou a descartar novas tarifas a produtos brasileiro que entram nos EUA.

“Não faço nenhum promessa”, afirmou o republicano ao ser questionado se o país não sobretaxaria novamente produtos vindos do Brasil.

Trump e o Bolsonaro se reuniram para um jantar na residência do republicano em Mar-a-Lago, na Flórida. O evento contou ainda com a presença de outras autoridades brasileiras, como o ministro da Defesa, Fernando de Azevedo e Silva, o chanceler Ernesto Araújo e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

Do lado norte-americano estavam a filha mais velha de Trump, Ivanka Trump, e o seu marido Jared Kushner, o conselheiro de Segurança Nacional, Robert O’Brien, entre outros.

“O Brasil o ama e os Estados Unidos amam [Bolsonaro]”, disse Trump a jornalistas antes do jantar, acompanhado de Bolsonaro.


“Nossa amizade é, provavelmente, mais forte agora do que nunca”, prosseguiu.

O presidente brasileiro declarou apenas que estava “muito feliz de estar aqui”. “É uma honra para mim e para o meu país. Eu tenho certeza que num futuro próximo vai ser muito bom contar com um bom relacionamento de direita”, disse.

Bolsonaro iniciou ontem uma viagem pelo sul da Flórida, onde visitará neste domingo 8 o Comando Sul americano, em Doral, cidade vizinha a Miami. Está previsto que o presidente brasileiro assinará um acordo bilateral de defesa com o almirante Craig Faller.

Temas discutidos

Em um comunicado conjunto, o Planalto e a Casa Branca afirmaram que os presidentes discutiram seu apoio mútuo à “democracia na região”, incluindo o apoio ao líder opositor venezuelano Juan Guaidó, e esforços para garantir eleições livres na Bolívia. 

O documento ainda menciona conversas sobre um acordo comercial entre os dois países e o apoio dos EUA à entrada do Brasil na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Com informações da AFP.

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