Política

TRF4 revê decisão de Moro e condena mulher de Cunha

Absolvida pelo juiz de Curitiba, a jornalista Cláudia Cruz foi condenada pelo tribunal por evasão de divisas

Cunha está preso, mas sua mulher deve cumprir pena em liberdade
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O Tribunal Federal da 4ª Região reviu a decisão de Sérgio Moro de inocentar a jornalista Cláudia Cruz, mulher do ex-deputado Eduardo Cunha. Nesta quarta-feira 18, o tribunal condenou ela a dois anos e seis meses de prisão por evasão de divisas.

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A pena, em regime inicial aberto, deverá ser substituída po penas restritivas de direitos. O TRF4 absolveu Cláudia da acusação de lavagem de dinheiro.

Em 2017, Moro absolveu Cláudia dos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas em uma ação em que foi acusada de ter sido beneficiária de propinas desviadas por seu marido d Petrobras.

De acordo com a denúncia, os valores irregulares foram gastos a partir de uma conta na Suiça, no nome da jornalista. Os recursos teriam sido usado para compras de bens de luxo, roupas de marca e aulas de tênis no exterior.

Segundo a Procuradoria, os valores seriam parte da propina de 1,5 milhão de dólares paga a Cunha para garantir a compra pela Petrobras, em 2011, de um bloco para exploração de petróleo na costa do Benim, na África.

Moro havia afirmado que faltava provas materiais para corroborar a acusação e disse que não foi comprovado o rastro do dinheiro até a conta de Cláudia. O magistrado afirmou ainda que não foi possível comprovar a intenção da jornalista nos crimes, pois ela afirmou que seu marido era o responsável pela gestão financeira da família.

Em nota, o advogado de Cláudia, Pierpaolo Bottini, afirmou ser positiva a absolvição pelo crime de lavagem e diz que questionará a condenação por evasão de divisas, por não ter sido uma decisão unânime da corte.

Cunha está atualmente preso no no Complexo Médico Penal, em Pinhais. No caso da compra do campo de petróleo na África, o ex-deputado foi condenado a 14 anos e seis meses de prisão.

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