Trem-bala entre Rio e São Paulo está fora do Novo PAC, diz ministro dos Transportes

Segundo Renan Filho, a obra havia sido orçada em 50 bilhões de reais, valor que o governo não pode pagar

O ministro dos Transportes, Renan Filho, em coletiva de imprensa. Foto: Marcio Ferreira/MT

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O projeto do trem-bala que ligaria Rio de Janeiro e São Paulo está fora do Novo Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, carro-chefe do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no setor de infraestrutura.

Segundo o ministro dos Transportes, Renan Filho, o orçamento do projeto havia sido estimado anteriormente em 50 bilhões de reais, valor inviável para os cofres do governo. O empreendimento só será possível caso algum investidor arque com esse gasto.

Na projeção de Renan Filho, a gestão federal pode discutir a possibilidade de contribuição pública, desde que a participação seja minoritária, em cerca de 20% do investimento total.

O ministro alegou que a construção do trem-bala comprometeria os investimentos públicos de parte das obras. O governo prevê 73 bilhões de reais em gastos com rodovias em todo o País.

“Se houver investidor privado, a gente pode, eventualmente, apoiar. Vamos dizer que a obra custe 50 bilhões, e ele consegue fazer com 40. Precisaria de 10 do governo federal. Se chegar nesse momento, acho que o governo pode discutir. Não estamos nesse momento ainda”, disse.

Em fevereiro, a Agência Nacional de Transportes Terrestres autorizou a celebração de contrato de adesão para a construção e a exploração da estrada de ferro para o trem de alta velocidade entre Rio e São Paulo.


O prazo do contrato é de 99 anos. A concessão será explorada pela empresa TAV Brasil.

O Ministério dos Transportes, no entanto, diz esperar a apresentação de um projeto para a construção do empreendimento e de um estudo sobre a viabilidade socioambiental.

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