Política

Tramonte perde fôlego e BH terá segundo turno entre Engler e Fuad

O candidato apoiado por Jair Bolsonaro enfrentará o prefeito e candidato à reeleição

Tramonte perde fôlego e BH terá segundo turno entre Engler e Fuad
Tramonte perde fôlego e BH terá segundo turno entre Engler e Fuad
Fuad Noman (PSD) e Bruno Engler (PL) disputam o segundo turno pela prefeitura de Belo Horizonte. Foto: Prefeitura de BH / Divulgação | Assembleia Legislativa de Minas Gerais
Apoie Siga-nos no

Depois de uma disputa embolada e que apontou, até o último momento, empate técnico entre os principais candidatos, a corrida pela prefeitura de Belo Horizonte segue para o segundo turno entre o bolsonarista Bruno Engler (PL) e o prefeito e candidato à reeleição, Fuad Noman (PSD).

Engler teve 34,38% dos votos válidos, contra 26,54% de Fuad. Mauro Tramonte (Republicanos) ficou com 15,15%.

Completam a lista Gabriel (MDB), com 10,62%; Duda Salabert (PDT), com 7,70%; Rogério Correia (PT), com 4,40%; Carlos Viana (Podemos), com 1%; Indira Xavier (UP), com 0,19%; Wanderson Rocha (PSTU(, com 0,05%; e Lourdes Francisco, PCO, com 0,02%.

Quem é Bruno Engler

Figura que despontou nas mobilizações sociais da direita pós-2013, o deputado estadual Bruno Engler (PL) é coordenador do Movimento Direita Minas. Durante a pandemia, tornou-se defensor ferrenho do governo de Jair Bolsonaro, posicionando-se contra o distanciamento social e promovendo o uso da cloroquina no tratamento da Covid-19.

Antes do mandato iniciado em 2023, Engler foi eleito deputado estadual por Minas Gerais em 2018, pelo antigo PSL. Concorreu a vereador em 2016 e a prefeito em 2020, mas não venceu nenhum dos dois pleitos. Tem como vice a Coronel Cláudia Romualdo (PL). Além de Bolsonaro, um cabo eleitoral importante de Engler foi o deputado federal Nikolas Ferreira.

Quem é Fuad Noman

Antes de ser prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD) foi eleito vice em 2020 na chapa com Alexandre Kalil (PSD). Assumiu o governo local em março de 2022, depois que Kalil renunciou ao cargo para se lançar candidato ao governo do estado.

No início das articulações eleitorais, surgiu a ideia de formar uma frente ampla, nos moldes da que elegeu Lula, com uma chapa que unisse Fuad, Duda e Rogério. Sem êxito, Fuad acabou oscilando do centro para a direita, conquistando o apoio do PSDB e do União Brasil, enquanto PT e PDT resistiram em abrir mão da liderança nas chapas.

Noman nasceu na capital mineira, se formou em Ciências Econômicas e foi servidor do Banco Central e do Tesouro Nacional. Ao longo de sua carreira, assumiu cargos no Executivo. Durante a presidência de Fernando Henrique Cardoso, foi nomeado secretário-executivo da Casa Civil em 1999. Depois disso, foi secretário de estado em Minas Gerais em vários governos. Em 2003, foi secretário da Fazenda na gestão de Aécio Neves; em 2007, comandou a pasta de Transporte e Obras Públicas e em 2011, presidente da Companhia de Gás de Minas Gerais, quando Antônio Anastasia foi governador.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo