Política

Toffoli manda Aras se manifestar sobre ataques infundados de Bolsonaro às eleições

Pedido de explicações ajuizado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) aponta possíveis crimes cometidos pelo presidente da República

Toffoli manda Aras se manifestar sobre ataques infundados de Bolsonaro às eleições
Toffoli manda Aras se manifestar sobre ataques infundados de Bolsonaro às eleições
Presidente Jair Bolsonaro e o procurador-geral da República, Augusto Aras. Foto: Isac Nóbrega/PR
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O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, solicitou que a Procuradoria-Geral da República se manifeste sobre as acusações do presidente Jair Bolsonaro relativas a suposta fraude no 1º turno das eleições de 2018. Segundo o magistrado, em decisão de 10 de agosto, verificou-se ausência de manifestação da PGR no processo, sendo que o ato seria “imprescindível” para o julgamento.

Toffoli é relator de um processo que tem como requerente o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). O parlamentar reivindica explicações de Bolsonaro sobre declarações referentes às eleições de 2018 que não vieram acompanhadas de prova. Segundo o pedido, as afirmações do presidente podem configurar crimes contra a honra, crimes de responsabilidade e crimes comuns.

De acordo com o pleito de Vieira, a finalidade é “instruir possível ação penal em decorrência das manifestações inverídicas e infundadas do sr. Presidente da República, que colocam em risco a estabilidade democrática do país e desqualificam a atuação das autoridades durante as eleições de 2018, inclusive desta colenda Corte Suprema, do Tribunal Superior Eleitoral e tantas outras instituições, de modo a fragilizar o Sistema Eleitoral Brasileiro”.

Bolsonaro discursava em Miami, nos Estados Unidos, quando fez pela 1ª vez a acusação de que houve fraude em 2018. Ao longo do tempo, disse que provaria a queixa, até chegar a uma transmissão ao vivo em 29 de julho prometida como reveladora. Na ocasião, porém, ele mesmo declarou que não tinha como comprovar o que insinua.

Augusto Aras, chefe da PGR, acaba de ser indicado por Bolsonaro para ser reconduzido ao cargo. A sua nomeação, no entanto, depende de sabatina no Senado, ainda sem data marcada.

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