Wilson Witzel, governador do Rio de Janeiro, disse nesta quarta-feira 16 que as investigações da Polícia Civil indicam que o atentado contra a deputada Martha Rocha, do PDT, foram uma tentativa de latrocínio. No domingo 13, a parlamentar estava levando sua mãe para um culto evangélico quando seu carro foi atingido por tiros.
O motorista que conduzia o veículo foi levemente ferido, mas recebeu alta. Mãe e filha não se machucaram. O crime ocorreu no bairro da Penha.
A declaração do governador foi feita durante a cerimônia de posse do secretário de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento, Eduardo Lopes. “A polícia tem fortes indícios de que se trata de uma tentativa de latrocínio. Um dos autores já foi identificado”, disse Witzel.
Caso a hipótese se confirme, fica descartada a suspeita de que, assim como ocorreu com a vereadora Marielle Franco, do PSOL, milicianos tentaram assassiná-la. Apesar de o governador dizer que não se trata de um crime político e sim um latrocínio, nenhum bem foi levado das vítimas.
O governador vive um momento delicado de segurança pública após o fim da intervenção federal na área. Faz dez meses que a vereadora do PSOL foi assassinada junto com seu motorista. Até agora, o crime não foi esclarecido.
À imprensa, a parlamentar afirmou que recebeu ameaças de mortes, o que a fez começar a andar com carro blindados e pediu que a polícia avaliasse as ameaças feitas a ela.
O grupo responsável pelo atentado também teria participado de pelo menos outros cinco roubos na região, segundo relatou o governador.
Delegada de 59 anos, a deputada foi a primeira mulher a chefiar a Polícia Civil do Rio, em 2011. Já foi corregedora da Polícia Civil e coordenou as delegacias especializadas da Mulher.
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