Em 12 tópicos, o grupo repudia qualquer “pretensão de haver um governo exercido em nome de Deus, bem como toda aspiração autoritária e antidemocrática”. O documento também denuncia a instrumentalização da religião para fins políticos e defende o Estado laico e das liberdades individuais. O nome da coligação de Bolsonaro é “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”.
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No terceiro ponto, o texto convida os evangélicos a exercer sua cidadania escolhendo seus candidatos pelo alinhamento deles com os valores do Reino de Deus. E “evidenciados na defesa dos mais pobres e dos menos favorecidos, na crítica a toda forma de injustiça e violência, na denúncia das desigualdades econômicas e sociais, no acolhimento aos vulneráveis, na tolerância com o diferente, no cuidado com os encarcerados, na responsabilidade com a criação de Deus, e na promoção de ações de justiça e de paz”.
A carta é uma resposta a um movimento de apoio ao candidato do PSL de neopentecostais que integram a Confederação dos Conselhos dos Bispos do Brasil. Uma análise da pesquisa do Ibope de 11 de setembro feita pelo cientista político Oswaldo E. Do Amaral, do Observatório das Eleições, aponta que ser evangélico amplia em cerca de 65% a chance de um eleitor optar pelo ex-militar quando comparado a um católico.
Leia a íntegra do documento: