A 15ª Vara Federal Criminal de Brasília acolheu pedido da Procuradoria Geral da República e tornou o ex-presidente Michel Temer (MDB) réu pelo suposto crime de corrupção passiva no caso envolvendo propina de 500 mil reais da JBS.
A denúncia original afirmava que os pagamentos ao ex-presidente poderiam chegar até 38 milhões de reais ao longo de nove meses. O caso ganhou visibilidade quando o assessor de Temer Rodrigo Rocha Loures foi filmado em abril de 2017 em ação da Polícia Federal ao receber uma mala contendo 500 mil reais de um executivo da holding J&F.
Na época, Temer e Loures foram denunciados pela suposta propina. Entretanto, a abertura de ação contra o ex-presidente foi barrada na Câmara. Com o fim do foro privilegiado de Temer, a investigação corre atualmente em segredo de justiça.
No entendimento do Ministério Público Federal, Rocha Loures atuou como ‘homem de confiança’ do ex-presidente. Os delatores da J&F dizem que foi prometida uma “aposentadoria” de 500 mil reais semanais durante 20 anos a Loures e a Temer.
Quando o ex-presidente foi denunciado pelo caso, sua defesa emitiu uma nota dizendo que a imputação ao ex-presidente é “desprovida de qualquer fundamento”.
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