Política

Temer publica decreto que facilita venda de ativos das estatais

Governo cria regime especial para desinvestimento que afeta empresas de economia mista como Petrobras e Eletrobras

Temer publica decreto que facilita venda de ativos das estatais
Temer publica decreto que facilita venda de ativos das estatais
Michel Temer cumprimenta Pedro Parente, presidente da Petrobras
Apoie Siga-nos no

O repasse à iniciativa privada de investimentos de empresas de economia mista como a Petrobras e a Eletrobras tem sido uma das prioridades do governo de Michel Temer. Na quarta-feira 1º, véspera de feriado, o peemedebista reforçou seu propósito de pôr a venda uma parcela significativa das estatais: publicou um decreto que cria um regime especial para venda de seus ativos. 

O decreto trata do chamado “regime especial de desinvestimento de ativos de empresas de economia mista”, previsto para as subsidiárias e as empresas controladas pelas estatais. A medida exclui empresas de participação controladas pelas instituições financeiras públicas e os bancos de investimento, como o BNDES. 

O objetivo, segundo o decreto, é o de garantir “segurança jurídica” para as operações e “aproximar as sociedades de economia mista das melhores práticas de governança e gestão reconhecidas pelo setor privado”, além de garantir a “sustentabilidade” das estatais.

Leia também:
MP de Temer propõe renúncia de R$ 1 tri para favorecer petrolíferas estrangeiras
Privatização da Eletrobras: você paga e eles lucram

O decreto prevê diversas etapas para o repasse dos ativos, entre eles a análise das propostas por comissões de avaliação e alienação, que podem dar celeridade às negociações. A medida prevê que a apresentação de propostas preliminares pelas empresas interessadas nos ativos “poderá ser dispensada a critério da Comissão de Alienação ou da estrutura equivalente”. 

O governo e diretores de estatais têm defendido publicamente o projeto de desinvestimento. O diretor financeiro e de relações com investidores da Petrobras, Ivan Monteiro, afirmou recentemente que a venda de ativos da companhia deve ser intensificada ao longo do segundo semestre. Em agosto, o governo propôs a privatização da Eletrobras. Hoje, a União detém 63,2% das ações. 

Leia o decreto do governo Temer aqui

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo