Economia

Tebet: Desigualdade no Brasil só cai com aumento do salário mínimo acima da inflação

Segundo a ministra, o governo detalhará na semana que vem a previsão de economizar 9 bilhões de reais com revisão da Previdência Social e do Proagro

Tebet: Desigualdade no Brasil só cai com aumento do salário mínimo acima da inflação
Tebet: Desigualdade no Brasil só cai com aumento do salário mínimo acima da inflação
Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
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A ministra do Planejamento e do Orçamento, Simone Tebet (MDB), afirmou nesta terça-feira 23 que a única forma de reduzir a desigualdade social no Brasil é assegurar que o salário mínimo suba mais que a inflação.

Tebet discursou em um evento paralelo do G20 no Rio de Janeiro sobre a erradicação da pobreza e da fome.

“A única forma que podemos reduzir desigualdade social: garantir que o salário mínimo não suba apenas com a inflação, mas suba acima da inflação”, disse Tebet. “Essa é a prioridade da nossa equipe econômica, do Ministério da Fazenda e do Ministério do Orçamento: que o salário mínimo sempre cresça acima da inflação.”

Depois do evento, a ministra reforçou que o aumento real do salário mínimo permanecerá até o fim do governo Lula (PT). “Se vai ser inflação mais o PIB, inflação mais 1%, inflação mais 2%, eu não estou discutindo. Isso já está precificado. O presidente já determinou, é inflação mais PIB.”

Segundo Tebet, o desafio para perseguir o equilíbrio fiscal não está em programas sociais, mas nos “privilégios dos ricos que precisam ser checados ponto a ponto nos gastos tributários”.

Na semana que vem, acrescentou a ministra, o governo detalhará a previsão de economizar 9 bilhões de reais com a revisão de despesas da Previdência Social e do Proagro, um seguro rural para pequenos e médios produtores.

A expectativa é que o Palácio do Planalto também divulgue em detalhes a revisão de gastos de 25 bilhões de reais no Orçamento de 2025.

“Eu quero só encerrar deixando muito claro que, dentro desses 25 bilhões de reais, temos políticas públicas importantes que não estamos descontinuando. Estamos atacando a eficiência desse gasto.”

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