Economia

Tebet assume o Planejamento: ‘Nosso papel é colocar os brasileiros no orçamento’

A emedebista tomou posse no Palácio do Planalto, destacou a responsabilidade fiscal e defendeu uma reforma tributária

Tebet e Lula. Foto: Ricardo Stuckert
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A nova ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), admitiu nesta quinta-feira 5 que tem algumas divergências com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), mas afirmou que a equipe econômica de Lula (PT) fará o “governo dar certo”.

A emedebista tomou posse no Palácio do Planalto com as presenças do próprio Haddad e dos ministros da Casa Civil, Rui Costa (PT), e da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB).

“Esse time da economia vai fazer a diferença e vai fazer ess=te governo dar certo”, discursou. “Seremos um quarteto [Haddad, Tebet, Esther Dweck na Gestão e Alckmin] a favor do Brasil”.

No evento, Tebet revelou que, ao receber o convite de Lula para a pasta, ponderou as diferenças entre ela e outros ministros. Segundo a emedebista,  o presidente teria respondido que não queria pensamentos iguais no seu governo.

“A ordem que recebi do presidente Lula é para que a Constituição saia das prateleiras frias e dos meros discursos”, declarou. Por isso, as propostas de campanha são mandamentos políticos e farão parte do plano de governo, da LOA e do PPA. O nosso papel, sem descuidar, em nenhum momento, da responsabilidade fiscal, dos gastos públicos e da qualidade deles, é colocar os brasileiros no orçamento público”.

Inicialmente, Tebet queria uma pasta que tivesse mais destaque no novo governo, como o Ministério da Educação ou o do Desenvolvimento Social. Ambas as sinalizações foram negadas pelo PT, que decidiu manter o Bolsa Família e o comando do MEC sob a asa de seu partido.

O convite para comandar o Planejamento foi feito por Lula em 23 de dezembro, mas a senadora só aceitou nos últimos dias de 2022. A escolha de Tebet para comandar a pasta diminui a tensão no mercado de que o futuro governo seria comandado apenas por integrantes da esquerda e aliados tradicionais do petista.

O Ministério dará à senadora o gerenciamento do Orçamento da União e a possibilidade de fiscalizar as políticas públicas do novo governo.

“Os pobres estarão, prioritariamente, no orçamento público. Mas não somente eles: as crianças, os jovens, os idosos, estarão no orçamento”, reforçou. “As mulheres, os negros, os povos originários, estarão no orçamento; as pessoas com deficiência, a comunidade LBGTQIA+ estarão no orçamento. Os trabalhadores estarão no orçamento”.

A ministra também reforçou a importância de se fazer uma reforça tributária.

“Comungamos com a visão do ministro Haddad da necessidade premente de cuidar dos gastos públicos e da aprovação urgente de uma reforma tributária, para garantirmos menos tributos sobre o consumo, um sistema tributário menos regressivo, com simplificação e justiça tributária”, ressaltou. “Somente assim teremos o crescimento necessário para garantir emprego e renda de que o Brasil necessita”.

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