Política
TCU manda o Exército cancelar o registro de CACs mortos
A Corte analisou um relatório produzido por sua auditoria, a pedido do Congresso Nacional


O Tribunal de Contas da União expediu uma série de recomendações ao Exército sobre o sistema de controle de armas e munições, com foco em colecionadores, atiradores desportivos e caçadores, os CACs.
O comando do Força terá, por exemplo, de adotar medidas para sanar os casos de cadastros de armas de fogo com status “ok” ou de certificados de registro ativos vinculados a pessoas que morreram. Também será necessário verificar a destinação desse armamento.
A análise do TCU partiu de um relatório produzido pela auditoria da Corte, a pedido do Congresso Nacional, e abrangeu o período de 2019 a 2022.
Uma das indicações é que a comprovação de idoneidade dos requerentes de autorização para manejo de arma de fogo apresenta sérias fragilidades.
A auditoria também constatou que o Exército não verifica a habitualidade dos atiradores na renovação do documento que autoriza o manejo de arma de fogo, nem a veracidade das informações durante as fiscalizações de entidades de tiro.
O TCU sustenta que a Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados do Exército foi incapaz de fornecer dados confiáveis sobre a quantidade de vistorias e fiscalizações de CACs e de entidades de tiro.
A Corte determinou ao Comando do Exército que, em até 90 dias, adote medidas para conceder a servidores designados pela Polícia Federal acesso ao Sistema de Controle de Venda e Estoque de Munições.
Também fixou um prazo de 180 dias para que a Força avalie a revogação da autorização para porte de arma de fogo dos militares cuja idoneidade possa estar comprometida.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

AGU pede que plataformas removam postagens com fake news sobre o RS
Por CartaCapital
PGR pede a inclusão de fugitivos do 8 de Janeiro na difusão vermelha da Interpol
Por CartaCapital
Moraes suspende ação sobre a Ferrogrão por mais 3 meses
Por CartaCapital