Política

Tarifaço: Governo brasileiro quer acordo com Trump, mas reitera que soberania é inegociável

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, chefiado por Geraldo Alckmin, disse que o país segue aberto a debater questões comerciais

Tarifaço: Governo brasileiro quer acordo com Trump, mas reitera que soberania é inegociável
Tarifaço: Governo brasileiro quer acordo com Trump, mas reitera que soberania é inegociável
O presidente Lula e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. Foto: Evaristo Sá/AFP
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O governo brasileiro quer negociar com os Estados Unidos, mas a soberania e o estado democrático de direito ‘são inegociáveis’. É o que afirma o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, chefiado pelo vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB).

Em nota oficial emitida neste domingo 27, o ministério reitera que, desde o anúncio do ‘tarifaço’ feito por Donald Trump, o governo brasileiro está buscando negociações com os EUA ‘com base em diálogo, sem qualquer contaminação política ou ideológica’. Ainda não há indícios, porém, de recuo na decisão do presidente estadunidense.

O texto lembra, ainda, que o Brasil e os EUA têm relações bilaterais há mais de 200 anos, e o governo Lula espera a manutenção e o fortalecimento da parceria. Alckmin foi um dos nomes escalados pelo presidente brasileiro para buscar saídas negociadas para a crise.

“Reiteramos que a soberania do Brasil e o estado democrático de direito são inegociáveis. No entanto, o governo brasileiro continua e seguirá aberto ao debate das questões comerciais, em uma postura que já é clara também para o governo norte-americano”, diz a nota.

Segundo o anúncio de Donald Trump, as novas tarifas de importação dos EUA – de 50%, no caso dos produtos brasileiros – entram em vigor nesta sexta-feira 1º. No domingo 27, o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, afirmou que não haverá prorrogação do prazo.

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