Tarcísio e Caiado confirmam ida a Israel, a convite de Benjamin Netanyahu

Os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e de Goiás, Ronaldo Caiado (Republicanos), confirmaram uma viagem a Israel, a convite do primeiro ministro Benjamin Netanyahu.

À CNN, Tarcísio disse que a viagem ao país será ‘sem ideologia e sem política’. “Não tem nada a ver. Acho que primeiro, a gente não vai lá para fazer política. A gente tem uma parceria com o governo de Israel, parcerias importantes, compra de equipamentos, recebemos um convite. A gente tem uma excelente relação, estamos aceitando um convite e pronto. Sem ideologia e sem política”.

Caiado, por sua vez, afirmou, em nota enviada à reportagem, não ter detalhes sobre o período que passará no Oriente Médio, nem sobre as agendas que serão tratadas com Netanyahu.

A viagem dos dois políticos brasileiros deve acontecer entre os dias 18 e 22 de março, um mês após as declarações do presidente Lula (PT) com duras críticas à ofensiva de Israel em Gaza. Na ocasião, a ação foi classificada como um genocídio e chegou a ser comparada ao holocausto.

A agenda da viagem, informa a CNN, incluiria visita ao local onde o Hamas cometeu ataques durante um festival de música eletrônica, em 7 de outubro, além de conversa com sobreviventes da ação terrorista. Eles também devem ser levados ao Museu do Holocausto.

Os dois governadores devem ainda se reunir com o presidente de Israel, Isaac Herzog, e ter uma agenda reservada com Netanyahu. Há ainda a possibilidade de uma visita ao centro de inteligência e estratégia das Forças de Segurança israelenses.

O convite para a viagem também foi estendido ao governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL),  e ao governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que declinaram.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também vai requerer junto ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, autorização para fazer parte da viagem. A informação foi confirmada pelo advogado do ex-presidente Fábio Wajngarten, que comunicou ter formalizado uma petição na qual constará a data de ida e volta, além da programação do ex-presidente no País.

No mês passado, a defesa também pediu a Moraes a devolução do passaporte do ex-presidente e solicitou que a medida que proíbe sua saída do Brasil seja convertida para restrições mais brandas, como o envio do requerimento de autorização 7 dias antes da viagem.