O governador eleito Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou que sua gestão começará a estudar a privatização da Sabesp, sociedade anônima de capital misto que gere os serviços de água e esgoto no estado de São Paulo.
Em contato com jornalistas na sexta-feira 25, o ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) confirmou que pode prosseguir com a venda da companhia.
“Sempre coloquei na campanha que nós iríamos estudar a privatização da Sabesp para saber se esse seria o caminho e traria mais recursos, mais investimento, maior eficiência no prazo mais curto para a gente diminuir o tempo de universalização do saneamento com a menor tarifa. A gente vai realmente começar a estudar isso”, disse o bolsonarista.
Segundo ele, “se for este o caminho para a sociedade, este caminho é o que a gente vai adotar, e se não for, a gente vai continuar com a Sabesp pública e fazer investimento, mas a gente vai botar um time profissional, um time de mercado na Sabesp e valorizar também a prata da casa, os profissionais que lá estão”.
A Sabesp atende atualmente 375 municípios paulistas onde vivem 28,4 milhões de pessoas. É uma empresa de economia mista – de controle estatal, mas com ações negociadas na bolsa. Lucrou 1,4 bilhão de reais somente no primeiro semestre deste ano. Em 2021, o lucro chegou a R$ 2,3 bilhões.
Ao longo da campanha eleitoral deste ano, Fernando Haddad (PT), adversário de Tarcísio no segundo turno, criticou fortemente a proposta de privatização, afirmando que seria um “erro monumental”.
“Sou terminantemente contra a venda da Sabesp, do controle acionário da Sabesp, como prega o Tarcísio de Freitas. Será um erro monumental que vai penalizar a população de baixa renda”, declarou o petista na disputa.
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