Política

Supremo Tribunal Federal suspende medida que acabava com o DPVAT

Derrota imposta à MP assinada por Bolsonaro acata pedido da Rede, que apontou inconstitucionalidade no fim do seguro obrigatório

O DPVAT indeniza qualquer pessoa vítima de acidente de trânsito dentro do território nacional e está previsto na lei desde 1974 (Foto: EBC)
Apoie Siga-nos no

O Supremo Tribunal Federal decidiu, em um julgamento realizado pelo Plenário virtual da Casa, suspender a Medida Provisória que acabava com o DPVAT (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de via Terrestre), seguro obrigatório derrubado no início de novembro.

Por 6 votos à 3, os ministros decidiram acatar a um pedido feito pela Rede Sustentabilidade. Votaram a favor da suspensão o relator da ação, ministro Edson Fachin, e Alexandre de Moraes, Marco Aurélio Mello, Rosa Weber, Dias Toffoli e Luiz Fux.

“Como se depreende do texto constitucional, é necessária lei complementar para dispor sobre os aspectos regulatórios do sistema financeiro nacional”, argumentou Fachin, que acatou à justificativa da Rede de que a suspensão promovida por Bolsonaro era inconstitucional.

Na ocasião, além do DPVAT, também se extinguiria o DPEM (Seguro de Danos Pessoais Causados por Embarcações ou por sua carga). A medida dizia que ambos seguros seriam eliminados a partir de 2020.

 

O DPVAT indeniza qualquer pessoa vítima de acidente de trânsito dentro do território nacional e está previsto na lei desde 1974. O DPEM, desde 1991. O pagamento do seguro é obrigatório e deve ser feito por todos os portadores de veículos e embarcações, mesmo que elas não carreguem passageiros.

Existem tipos diferentes de indenização, que vão desde a cobertura com gastos médicos, reparação financeira caso a a vítima tenha sido afetada permanentemente e indenização aos herdeiros caso haja óbito no acidente.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo