Política

Subprocurador desabafa e se diz “muito preocupado” com salário de R$ 42 mil

Nívio de Freitas reclamou ao Procurador Geral da República, Augusto Aras, sobre falta de auxílio-moradia para poder exercer suas funções

(Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)
Apoie Siga-nos no

Uma questão tratada como “urgente” e que está “afligindo pessoalmente, muito intensamente” alguns subprocuradores da República é regulamentação do auxílio-moradia do Estado. Essa aflição foi revelada pelo subprocurador Nívio de Freitas à Augusto Aras, procurador geral da República, e seria mais um pedido convencional ao chefe se os subprocuradores não ganhassem 42 mil reais.

“Confesso que estou ficando muito preocupado se tenho condições de me manter no exercício da minha função”, disse Nívio de Freitas em uma sessão do Conselho Superior do Ministério Público Federal, realizada em novembro de 2019. O jornal O Estado de S. Paulo apontou os 42 mil reais na folha de pagamento do subprocurador naquele mês. Em janeiro, com o acréscimo da gratificação natalina, o valor chegou a R$ 74,9 mil.

“Tenho que manter aqui residência, todas as despesas e me preocupo profundamente. Venho, e não só eu, todos os colegas que são obrigados a manter uma residência onde estão seus familiares e outra aqui, e está nos angustiando esta situação”, continua Nívio.

 

Augusto Aras, por sua vez, disse que sabia da preocupação do colega e explicou aos demais subprocuradores que o Conselho tem “estudado a questão”, mas pediu parcimônia aos colegas por conta da situação orçamentária. Mesmo assim, mostrou-se compreensivo:

“Tem a minha compreensão da fala de Vossa Excelência e a minha disposição em buscar soluções que promovam essa paridade de remuneração entre nós, do Ministério Público, e também ante a magistratura, onde há alguns desiquilíbrio´brios no momento”, disse o procurador.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo