O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, determinou na noite desta terça-feira 28 a abertura de inquérito para apurar suposto crime de racismo cometido pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub.
Mello atendeu um pedido feito pela Procuradoria Geral da República, que acusa o chefe da educação de racismo após ele fazer um post culpando a China pela pandemia do coronavírus utilizando uma linguagem pejorativa.
“Geopolíticamente [sic], quem podeLá saiL foLtalecido, em teLmos Lelativos, dessa cLise mundial? PodeLia seL o Cebolinha? Quem são os aliados no BLasil do plano infalível do Cebolinha paLa dominaL o mundo? SeLia o Cascão ou há mais amiguinhos?”, escreveu Weintraub.
Após o posto do ministro, a Embaixada da China no Brasil respondeu dizendo que as declarações são “completamentes absurdas e desprezíveis, que têm cunho fortemente racista e objetivos indizíveis, tendo causado influências negativas no desenvolvimento saudável das relações bilaterais China-Brasil”. logo em seguida Weintraub apagou o posto.
O chefe da pasta agora vai prestar depoimento sobre o caso. Na decisão, Celso de Mello deixou claro que o ministro não tem prerrogativa de definir quando e onde será ouvido, como indicou a PGR. Isso porque Weintraub não falará como testemunha, mas investigado.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login