Política

‘Sozinho, não vou fazer nenhuma mágica’, diz novo ministro da Saúde

Marcelo Queiroga falou em alcançar resultados mais desejáveis no enfrentamento à pandemia e em atuação baseada em evidências científicas

O médico cardiologista Marcelo Queiroga. Foto: Reprodução/YouTube
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O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, falou nesta terça-feira 16 sobre a transição do cargo para o novo ministro Marcelo Queiroga, nomeado pelo presidente Jair Bolsonaro. Pazuello negou que seja uma transição.

“Não é uma transição, é um só governo, continua o governo Bolsonaro, continua o ministro da Saúde. Troca o nome, sai um general e agora chega um médico com toda a sua experiência para ir além. Estamos somando nesse momento, não dividino, é um somatório”, disse o general.

Em sua primeira declaração oficial, o médico cardiologista Marcelo Queiroga disse que sabe da responsabilidade que tem e pediu ajuda dos brasileiros. “Sozinho eu não vou fazer nenhuma mágica e nem resolver os problemas de saúde pública que temos”, afirmou.

Queiroga falou ainda sobre alcançar resultados ‘mais desejáveis’ no enfrentamento da pandemia e de doenças crônicas que continuam a afetar os brasileiros, como problemas cardiovasculares e oncológicos.

Queiroga também enalteceu o SUS, “grande ativo de nosso País”, e colocou entre as pautas prioritárias a melhora da eficiência do sistema público de saúde que, afirmou, já vinham como prioridade do governo.

“Peço oportunidade para construir um futuro melhor para a saúde pública do Brasil, levar uma palavra de lamento para as famílias que perderam seus entes queridos vítimas dessa doença miserável”, disse o novo ministro, que ainda convocou a sociedade a continuar com as medidas sanitárias para o enfrentamento da Covid-19.

“Conclamar a população para que use máscara, lavem as mãos, usem álcool em gel, medidas simples mas importantes. Com elas, podemos evitar parar a economia do País, e manter os trabalhos e a garantia de renda.”

“A política é do governo Bolsonaro, não é do ministro da Saúde”

Mais cedo, Queiroga afirmou que quem manda nas políticas da pasta é o presidente Jair Bolsonaro.

“O governo está trabalhando, as políticas públicas estão sendo colocadas em prática. Pazuello já anunciou todo o cronograma da vacinação em entrevista ontem. A política é do governo Bolsonaro, não é do ministro da saúde. A saúde executa a política do governo”, disse, ao ser questionado sobre mudanças em relação à vacinação.

A afirmação foi feita na chegada de Queiroga no Ministério da Saúde para uma reunião com o general Pazuello. Questionado, o novo ministro evitou comentar a gestão do antecessor e disse que a sua será de “continuidade”.

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