Um soldado da Polícia Militar de São Paulo foi morto por criminosos em Santos, na Baixada Santista, em São Paulo, nesta sexta-feira 2.
O soldado Samuel Wesley Cosmo integrava o 1º Batalhão de Polícia de Choque, que abriga os membros das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, conhecida como a Rota.
Segundo a PM, o soldado fazia uma ação de patrulhamento com a equipe em apoio a Operação Verão na Baixada Santista, quando foi surpreendido pelos criminosos.
O agente chegou a ser socorrido e passou por uma cirurgia na Santa Casa de Santos, mas não resistiu aos ferimentos.
Após o crime, a Polícia Civil e a PM iniciaram uma operação conjunta para identificar os suspeitos. Três homens foram presos. Com eles foram apreendidos um celular, um carregador de pistola e um estojo de munição.
Horas depois, pelas redes sociais, o governador do estado de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos), prestou solidariedade à família do soldado e afirmou que irá trabalhar para identificar e prender os autores do crime.
Pelo X, antigo Twitter, o secretário de Segurança Pública do estado, Guilherme Derrite, informou o início da Operação para punir os criminosos envolvidos.
Operação Escudo na Baixada Santista
Apesar de não citarem o nome, a conduta padrão da gestão Tarcísio é implementar a Operação Escudo em resposta à morte de policiais.
Em um mês de atividade, a operação deixou ao menos 28 pessoas mortas, se tornando a mais letal da policial paulista desde o massacre do Carandiru, em 1992.
Os policiais foram acusados de violência extrema contra moradores da região, que relatavam casos de ameaças e torturas cometidos pelos agentes.
Para realizar a operação, diversos batalhões do estado foram convocados para reforços. Os batalhões convocados não usavam as câmeras de segurança em seus uniformes.
Segundo uma reportagem do UOL, as vítimas da operação não passaram por perícia e os PMs envolvidos teriam alterado as circunstâncias das mortes.
A operação foi alvo de denúncia de diversos órgãos em prol dos direitos humanos, que revelaram ter havido tortura.
Em dezembro, um sargento e um soldado, envolvidos na operação, se tornaram os primeiros réus. A Justiça acusou a dupla de matar um morador da região que não oferecia riscos.
Segundo os promotores, os agentes teriam forjado a cena do crime para justificar a morte.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login