Durante os quatro anos da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mais de 1,6 mil novos comércios de armamentos e munições foram abertos no País.
Apenas em 2022, o Exército autorizou o registro de 605 estabelecimentos voltados à atividade. Os dados foram obtidos pelo portal Metrópoles, por meio da Lei de Acesso à Informação.
Até o fim do ano passado, o Brasil tinha 3.209 lojas autorizadas pelo Exército para comercialização de armas e munições. No entanto, os militares afirmaram não terem a informação de quantos estabelecimentos ainda estavam ativos nos anos anteriores.
Desde que assumiu a Presidência, Bolsonaro assinou inúmeros decretos facilitando acesso a armas de fogo no Brasil e flexibilizou o acesso de armamentos para colecionadores, atiradores e caçadores.
A regulamentação e liberação de comércio de armamentos no Brasil é feita pelo Exército. Empresas interessadas na atividade devem apresentar uma lista de requisitos e medidas para controle de acesso a pessoas no local que guardam os materiais.
Como uma das primeiras medidas de seu governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revogou os decretos que flexibilizavam o acesso a armamentos, na tentativa de conter o avanço da pauta armamentista defendida por bolsonaristas.
No início de fevereiro, o Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou que todas as armas em circulação no Brasil fossem cadastradas na Polícia Federal, retirando o protagonismo do Exército no controle dos armamentos.
No ano passado, as Forças Armadas afirmaram que não tinham registro de quantas armas estavam em circulação nos estados brasileiros.
Nos primeiros 18 dias da nova legislatura da Câmara dos Deputados, 15 iniciativas foram apresentadas pela base aliada do ex-capitão para derrubar a revogação dos decretos que permitiam a compra de armamentos por civis.
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