Paulo Maluf, cidadão sempre a ostentar o fato de nunca ter sido condenado por crime algum no Brasil, está mais perto de ser julgado no exterior. A Corte Real de Jersey, reconhecido paraíso fiscal internacional, concluiu, na quinta 19, o julgamento de contas relacionadas ao ex-prefeito e ex-governador biônico de São Paulo (nos tempos da ditadura) e à sua família.
O pedido de mais tempo para formular a defesa, protocolado pelos advogados da empresa Durant, da família de Maluf, foi rejeitado pelo juiz Howard Page. O julgamento, desdobramento do processo aberto pela Prefeitura de São Paulo para reaver 22 milhões de dólares supostamente desviados por Maluf em seus tempos de prefeito, pode acatar o repatriamento do valor aos cofres públicos paulistanos, supostamente resultado de desvios de verbas da construção da Avenida Água Espraiada, hoje Jornalista Roberto Marinho (jornalista?).
O juiz tomará uma decisão sobre o destino dos 22 milhões de dólares nas próximas semanas. Nos últimos dias, advogados da Durant admitiram o controle da família Maluf de contas nas Ilhas Jersey. O próprio ex-governador biônico recebeu “comissões” nessas contas, afirmaram. A confissão desmonta a afirmação propalada por Maluf de que não tinha contas no exterior. Pode estar próximo o dia.