Política

Snowden está satisfeito com debate que provocou, diz jornalista que revelou documentos

Glenn Greenwald disse ter se comunicado com o ex-consultor da inteligência americana nesta terça-feira 9. Segundo ele, Snowden está “calmo, sem medo e definitivamente feliz pelas escolhas que fez”

Edward Snowden está desde 23 de junho no aeroporto de Moscou
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RIO DE JANEIRO (AFP) – O ex-consultor da inteligência americana Edward Snowden se sente bem com o debate que provocou ao revelar milhares de documentos sobre um programa americano secreto de vigilância das comunicações mundiais, afirmou nesta quarta-feira 10 à AFP o jornalista Glenn Greenwald, depois de se comunicar com o americano, bloqueado na zona de trânsito de um aeroporto de Moscou.

“Não havia falado com ele desde antes de deixar Hong Kong e falamos no sábado e ontem (terça-feira 9)”, disse Greenwald, que publicou as primeiras revelações sobre o caso.

De acordo com o jornalista americano, que vive no Rio de Janeiro, Snowden “está um pouco ansioso sobre o próximo passo, sobre o que está fazendo, mas se sente muito bem sobre o debate que provocou”.

“Está muito calmo, sem medo e definitivamente feliz pelas escolhas que fez”, acrescentou. O ex-consultor da Agência de Segurança Nacional (NSA, em inglês) americana, sem passaporte e bloqueado em Moscou, está foragido da justiça de seu país depois de ter sido acusado de espionagem, após vazar à imprensa informações espetaculares sobre um programa americano secreto de vigilância das comunicações mundiais.

Greenwald disse desconhecer que país acolherá Snowden para se refugiar. “Não falamos de planos de asilo, não sei quais são seus planos neste sentido”.

Três países latino-americanos ofereceram asilo a ele: Venezuela, que para Greenwald seria a opção mais lógica, Nicarágua e Bolívia. O Brasil disse na terça-feira 9 que não concederá asilo ao americano.

O jornal O Globo, que teve acesso a vários dos documentos divulgados por Snowden a Greenwald, informou que Brasília fez parte de uma rede de 16 bases de espionagem operadas pelos serviços de inteligência dos Estados Unidos, que espionaram milhares de chamadas telefônicas e e-mails.

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