Sete hospitais da Prevent Senior em São Paulo funcionam sem licença

A operadora investigada pela CPI da Covid possui 13 unidades na cidade; em alguns casos, as irregularidades se arrastam há anos

Foto: Divulgação/Prevent Senior

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A maior parte dos hospitais e prontos-socorros mantidos pela Prevent Senior em São Paulo estão funcionando sem a licença necessária emitida pela prefeitura da cidade. Nada menos do que sete das 13 unidades que a operadora mantém na capital paulista funcionam há anos sem documentação. A informação foi revelada pela administração pública ao jornal Folha de S. Paulo.

Das sete unidades, duas já haviam sido multadas na semana anterior, um pronto-socorro na Mooca, que atende sem alvará desde 2012, e um hospital de campanha na Vila Olímpia, que funciona sem autorização da prefeitura.

As demais unidades de licença de funcionamento ficam em Santana, Santa Cecília, Liberdade, Jardim Paulista e Pinheiros, conforme informou a Secretaria Municipal de Subprefeituras ao jornal.

Ainda segundo a Prefeitura, na sexta-feira 1º, as unidades da Prevent Senior do Jardim Paulista e de Pinheiros foram fiscalizadas e multadas. Nas outras três unidades irregulares a fiscalização e punição ocorreu nesta segunda.

De acordo com a legislação, funcionar sem as licenças pode acarretar multas, fechamento administrativo e outras sanções. Até o momento, a Prevent Senior teria sido penalizada em mais de 260 mil reais pelo funcionamento irregular dos sete locais.

Dos hospitais e prontos-socorros operados pela empresa, apenas as unidades de Dubai, Itaim, Rússia, Butantã e Belenzinho estariam regulares. Há ainda um pronto-atendimento localizado em Paraíso, inaugurado em 2009, que funciona com a documentação incompleta, aguardando laudo técnico do Corpo de Bombeiros.


Questionada, a secretaria municipal informou que as medidas foram tomadas após o recebimento das denúncias e que cabe aos empresários buscar a regularização. Já a Prevent Senior disse desconhecer as autuações recebidas e que prestará esclarecimentos às autoridades.

A operadora de saúde já é alvo da CPI da Covid no Senado Federal e será investigada por uma comissão de inquérito na Câmara Municipal de São Paulo. Na Assembleia Legislativa do Estado também há um pedido de abertura de CPI, ainda não analisado. Há ainda apurações no Ministério Público de São Paulo e na Agência Nacional de Vigilância Sanitária. A empresa também foi autuada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar.

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