Política
Senadores vão ao TCU e ao MPF contra os cortes de Bolsonaro na Operação Carro-Pipa
Os parlamentares cobram ainda uma investigação sobre os motivos que levaram à suspensão do programa


Senadores protocolaram no Ministério Público Federal e no Tribunal de Contas da União duas representações contra o corte feito pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) na verba da Operação Carro-Pipa, que leva água às famílias nordestinas do semi-árido há mais de 20 anos. O caso foi revelado pelo UOL.
Nos documentos, os parlamentares argumentam que “os fatos apontados compõem uma situação que demanda a mais pronta intervenção dos órgãos de controle sobre a administração pública”.
“Se afigura iminência de morte se essa população seguir desassistida da entrega de água potável, cabendo ponderar que nesse contexto as vulnerabilidades se somam: além do não acesso a bem imprescindível ao viver, há, nesse contingente, crianças, idosos, gestantes, pessoas com doenças graves”, diz trecho de uma das representações.
Os senadores do PT e de outros partidos cobram ainda uma investigação sobre os motivos que levaram à suspensão do programa essencial para a vida dos sertanejos que vivem em áreas rurais.
Os pedidos são assinados pelos senadores Paulo Rocha (PT-BA), Jean Paul Prates (PT-RN), Dário Berger (PSB-SC), Humberto Costa (PT-PE), Jaques Wagner (PT-BA), Fabiano Contarato (PT-ES), Paulo Paim (PT-RS), Rogério Carvalho (PT-SE), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Zenaide Maia (PROS-RN).
Leia dos documentos:
Representação MPF_Bancada_Corte_Água_NordesteRepresentação TCU_Bancada_Corte_Aguas Nordeste
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.