Senadores da oposição apresentaram nesta segunda-feira 27 um requerimento para que o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, preste esclarecimento sobre mensagens telefônicas de conselheiros da Petrobras que supostamente incriminariam o presidente Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com o site Metrópoles, durante uma discussão em um grupo de economistas, o ex-presidente da Petrobras Roberto Castello Branco afirmou que devolveu seu celular corporativo à estatal, ao deixar o comando da empresa, com material que, segundo ele, compromete Bolsonaro.
Ainda segundo o site, Castello Branco debatia com Rubem Novaes, ex-presidente do Banco do Brasil, sobre a elevação do preço dos combustíveis. No diálogo, Novaes teria dito que o colega economista ataca a atual gestão do governo federal.
“Se eu quisesse atacar o Bolsonaro não foi e não é por falta de oportunidade. Toda vez que ele produz uma crise, com perdas de bilhões de dólares para seus acionistas, sou insistentemente convidado pela mídia para dar minha opinião. Não aceito 90% deles [dos convites] e quando falo procuro evitar ataques”, rebateu o ex-presidente da estatal.
“No meu celular corporativo tinha mensagens e áudios que poderiam incriminá-lo. Fiz questão de devolver intacto para a Petrobras”, acrescentou.
No documento em que pedem os esclarecimentos a Sachsida, os senadores Jean Paul Prates (PT-RN), Jaques Wagner (PT-BA) e Zenaide Maia (Pros-RN) dizem haver ‘ a omissão do controlador em tomar as medidas cabíveis pelos meios legais, transparentes e afeitos à boa governança, em prol de condutas ilícitas’.
O requerimento precisa ser apreciado pela mesa diretora do Senado e presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Leia o documento:
Informacoes ou de Remessa de Documentos – Petrobras
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