Política
Senadora Leila do Vôlei se filia ao PDT nesta quarta-feira para concorrer ao governo do DF
Lançamento de pré-candidatura deve ocorrer na semana que vem com a presença de Ciro Gomes


A senadora Leila Barros, conhecida como Leila do Vôlei, vai se filiar nesta quarta-feira ao PDT para concorrer ao governo do Distrito Federal. O evento ocorrerá na sede do partido em Brasília com participação do presidente da legenda, Carlos Lupi, e outras lideranças da sigla, conforme apurou O GLOBO.
O lançamento da pré-candidatura ao Palácio do Buriti deve acontecer na próxima semana, com a presença do pré-candidato à Presidência Ciro Gomes. Segundo interlocutores, teria sido um pedido feito pela própria parlamentar.
— Estou muito feliz. Com essa decisão, me mantenho no campo progressista, com necessidade de buscar diálogo com lideranças de partidos — disse Leila ao GLOBO. — O mais importante nesse primeiro momento é a garantia de estar num partido forte, com figuras fortes e representatividade aqui no DF.
O acordo para a filiação de Leila foi praticamente selado em reunião em seu gabinete em Brasília com o presidente do partido no Distrito Federal, Georges Michel. No encontro, realizado na semana passada, também ficou alinhado que ela seria o nome da sigla para concorrer ao governo do DF.
A parlamentar anunciou no início do mês sua saída do Cidadania após a legenda aprovar em fevereiro a formação de uma federação com o PSDB. A senadora justificou que a união das legendas repercutiria nas conversações relacionadas às eleições.
A federação com o PSDB dificultaria os planos da senadora, já que a sigla lançou a pré-candidatura do senador Izalci Lucas ao governo do DF. A possível candidatura do senador Reguffe, que acertou sua filiação ao União Brasil e com quem Leila mantém boa relação, era outro entrave. Uma proposta para que a parlamentar concorresse ao Palácio do Buriti no pleito de 2026 chegou a ser colocada à mesa.
O pré-candidato à Presidência Ciro Gomes indicou recentemente que o PDT não vai participar de uma federação. Ao GLOBO, o presidente do partido, Carlos Lupi, disse que “é mais provável uma coligação”.
De acordo com a resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), dois ou mais partidos políticos poderão se unir em uma federação que irá atuar como sigla única por, no mínimo, quatro anos. A duração, considerada longa por políticos, é um dos desafios para se sacramentar acordos deste tipo, pois as legendas se comprometem em lançar candidaturas majoritárias conjuntas e apresentar um programa em comum, com a mesma orientação para votações no Congresso.
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