Economia

Senador quer decretação de estado de emergência para oferecer benefício a caminhoneiros

Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) apresentou relatório de proposta que institui o auxílio-diesel, medida defendida pelo governo Bolsonaro

O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE). Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Apoie Siga-nos no

O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) apresentou um projeto que prevê a decretação de estado de emergência no País, com o objetivo de flexibilizar a aplicação de verbas públicas e, assim, ampliar benefícios aos caminhoneiros.

Em entrevista coletiva nesta quarta-feira 29, o parlamentar declarou que, com o estado de emergência, será possível oferecer um auxílio financeiro de 1 mil reais para que motoristas de caminhões reponham as suas perdas com a alta do diesel.

Coelho apresentou a proposta na posição de relator da Proposta de Emenda Constitucional 1/2022, que trata da concessão temporária de auxílio-diesel. O benefício é apelidado de “voucher caminhoneiro”. A PEC também prevê um subsídio para famílias de baixa renda comprarem gás de cozinha.

No relatório de análise sobre a proposta, Coelho escreveu que “o reconhecimento do estado de emergência é importante para dar o necessário suporte legal às diferentes políticas públicas, focadas nos mais vulneráveis”.

Apesar da justificativa de ajudar os mais pobres, o ato é visto como uma tentativa do governo de Jair Bolsonaro (PL) de driblar a lei eleitoral, uma vez que o Judiciário proíbe a ampliação de programas sociais em ano de eleição.

Coelho, que era o representante do governo federal no Senado até dezembro do ano passado, prevê que um impacto de 38,7 bilhões de reais nos cofres públicos, considerando o oferecimento do auxílio-diesel, o aumento no Auxílio Brasil e no vale-gás, além de outros benefícios temporários.

Segundo o senador, o dinheiro deve vir de “receitas extraordinárias” do governo.

Em carta deste mês, líderes da oposição no Congresso chamam o aumento do Auxílio Brasil, do vale-gás e do vale-caminhoneiro de “oportunismo eleitoral” e diz que a intenção é “comprar a consciência e o voto da população”.

Em relação aos combustíveis, o PT no Senado diz que Bolsonaro “finge atuar” e cobra a mudança na política de preços da Petrobras, aplicada desde o governo de Michel Temer (MDB) e que alinha os valores nacionais às oscilações do mercado no exterior.

 

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo