Política

Senador diz que identificou gastos suspeitos no cartão corporativo de Bolsonaro e vai à PF

‘É muita coisa escandalosa. É de ficar aturdido’, afirmou Kajuru

Jorge Kajuru; Foto: Pedro França/Agência Senado
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O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) afirmou neste domingo 5 que pedirá uma investigação sobre os gastos feitos no cartão corporativo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). De acordo com ele, há registros de despesas em casas de prostituição.

CartaCapital apurou que o parlamentar levará a denúncia ao diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Augusto Passos Rodrigues, até a próxima semana.

“É muita coisa escandalosa. Tem gasto de filho dele até em casas de prostituição. É de ficar aturdido”, afirmou o senador em entrevista à CNNBrasil. “Não dá para não revelar e não entregar para Justiça”.

Até o momento, notas fiscais reveladas pela agência Fiquem Sabendo mostram gastos em motociatas, com hospedagens de luxo e alimentos que fogem do padrão que o ex-capitão costumava divulgar nas redes sociais.

“Não tem como ignorar fatos do governo Bolsonaro que durante quatro anos não tivemos conhecimento e só agora a gente está tendo a revelação de tudo”, acrescentou Kajuru à emissora.

Nesta semana, o senador protocolou uma representação no Tribunal de Contas da União para investigar gastos milionários do Ministério da Saúde e da Fundação Nacional do Índio em território Yanomami no período de agravamento da crise humanitária na região.

Segundo as tabelas apresentadas pelo senador, o Ministério da Saúde gastou 41 milhões de reais em voos às terras yanomamis, enquanto a Funai usou 3,9 milhões de reais com alimentação.

“Há contrastes importantes. Primeiro é o gasto significativo com gêneros alimentícios por parte da Coordenação Regional da Funai em Roraima no ano de 2022, porém os indígenas apresentam desnutrição avançada, alguns estão em estado crítico. As despesas e os fatos são antagônicos”, escreveu o senador. “O segundo contraste está no elevadíssimo gasto com serviços de transporte aéreo, porém, de outro lado, os indígenas foram abandonados.”

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