Senado cria a CPI das Fake News, uma ameaça a Jair Bolsonaro

Parlamentares têm 180 dias para investigar uso de perfis falsos nas eleições de 2018

Foto: Marcos Corrêa/PR

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O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), anunciou nesta quarta-feira 3 a criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará ataques cibernéticos, perfis falsos e cyberbullying. O senador fez a leitura do requerimento da CPI em plenário.

Segundo Alcolumbre, a CPI das Fake News deve ser composta por 15 senadores e 15 deputados, e igual número de suplentes. Os líderes devem indicar os integrantes do grupo que vai apurar o caso.

O colegiado terá 180 dias para investigar a utilização de perfis falsos nas eleições de 2018, a prática de bullying pela internet e o aliciamento de crianças em crimes de ódio e suicídio. “Uma iniciativa necessária. Precisamos tornar atos virtuais em consequências reais”, comentou o presidente do Senado, em sua conta no Twitter.

A corrida eleitoral do último ano foi marcada por notícias de utilização de contas fantasmas nas redes sociais para proliferação de notícias falsas. O presidente Jair Bolsonaro (PSL) pode ser atingido com as investigações da CPI, já que recaem nele acusações sobre a prática.

O clã bolsonarista já se demonstrou incomodado com a iniciativa. Para a deputada Bia Kicis (PSL-DF), a CPI não pode servir de caça às bruxas contra aqueles que criticam o Congresso nas mídias sociais. Enquanto isso, a oposição cria expectativa positivas sobre o caso: em maio, o governador do Piauí, Wellington Dias (PT-PI), considerou que a apuração poderia influenciar o TSE e, quem sabe, levar à cassação de Bolsonaro.


 

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