O Senado instalou, nesta quarta-feira 13, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem. O objetivo da comissão, requerida pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL) é investigar o papel da petroquímica no afundamento do solo em Maceió (AL).
O senador Omar Aziz (PSD-MA) será o presidente da CPI da Braskem, enquanto Jorge Kajuru (PSB-GO) foi escolhido como vice-presidente. A escolha do relator da comissão ficará a cargo de Aziz.
Um acordo entre os senadores já definiu que o relator não será nem de Alagoas, nem da Bahia, estados em que a Braskem tem ampla participação no mercado.
Entre outros nomes, a CPI da Braskem contará com a participação dos senadores Cid Gomes (PDT-CE), Eduardo Gomes (PL-TO), Efraim Filho (União Brasil-PB), Hiran Gonçalves (PP-RR), Otto Alencar (PSD-BA), Rodrigo Cunha (Podemos-AL) e Wellington Fagundes (PL-MT).
Caberá à comissão analisar o longo e custoso processo de deterioração do solo em Maceió, que já levou milhares de pessoas a saírem de suas casas na capital alagoana. Além disso, riscos de colapso em minas administradas pela Braskem já foram registrados, recentemente.
Em 2018, por exemplo, a atividade de exploração da empresa foi responsável por formar crateras subterrâneas na cidade, segundo o Serviço Geológico do Brasil. Àquela altura, cerca de 60 mil pessoas ficaram desabrigadas.
Neste ano, desdobramentos da exploração contínua levaram riscos a Maceió. A empresa chegou a firmar um acordo bilionário com a prefeitura, mas corre na Justiça uma demanda para que a petroquímica também indenize o estado de Alagoas.
Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou lideranças políticas de Alagoas para discutir a crise. A reunião foi marcada por tensão entre os presentes, especialmente Calheiros e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
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