Política

Senado homenageia governo Castro e policiais por operação letal no Rio

A ação deixou 121 mortos, incluindo quatro policiais

Senado homenageia governo Castro e policiais por operação letal no Rio
Senado homenageia governo Castro e policiais por operação letal no Rio
Sessão Solene do Congresso Nacional destinada a homenagear o Governo do Estado do Rio de Janeiro, a Polícia Civil, a Polícia Militar e os policiais mortos e baleados na Operação Contenção - Geraldo Magela/Agência Senado
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O plenário do Senado realizou, nesta quarta-feira 12, uma sessão em homenagem aos envolvidos na Operação Contenção, a mais letal da história do Rio de Janeiro. A ação, deflagrada há duas semanas para capturar líderes do Comando Vermelho nos Complexos da Penha e do Alemão, deixou 121 mortos, incluindo quatro policiais.

A sessão homenageou o governador Cláudio Castro (PL) e as polícias Civil e Militar, a partir de requerimentos do senador Ciro Nogueira (PI) e do deputado federal Doutor Luizinho (RJ), ambos do PP. Familiares dos policiais, agentes de segurança pública e políticos estavam presentes.

O deputado Guilherme Derrite (PP-SP) também participou da agenda e, ao discursar, criticou o projeto do governo Lula (PT) para combater as facções criminosas. Ele foi escolhido para relatar o texto e fez alterações que desagradaram o Palácio do Planalto. Posteriormente, Derrite recuou das mudanças que impactariam o trabalho da Polícia Federal.

Em seu pronunciamento, Castro, por sua vez, defendeu enquadrar as facções na Lei Antiterrorismo e voltou a criticar a ADPF das Favelas, que criou exigências para a realização de operações policiais nas comunidades do Rio.

“Facção é algo dos anos 2000, 2001, 2002. Naquela época, nós podíamos falar em facção”, afirmou. “Talvez nos anos 80, 90, nós pudéssemos falar em quadrilha. Doa a quem doer, agora, são organizações narcoterroristas nacionais e transnacionais que provocam o terror a homens e mulheres, pais e mães, trabalhadores e trabalhadoras. Sobretudo os mais pobres e mais vulneráveis.”

Derrite chegou a incluir em seu parecer no PL Antifacção um trecho que previa punir as organizações criminosas com base na Lei Antiterrorismo, mas recuou também neste ponto. Segundo integrantes do governo e juristas, a equiparação colocaria a soberania nacional em risco, uma vez que países como os Estados Unidos poderiam usar a classificação para impor sanções ao Brasil.

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