Senado aprova salas no SUS exclusivas para mulheres vítimas de violência; falta a sanção de Lula

O texto restringe o acesso de terceiros não autorizados pela paciente, em especial do agressor, ao espaço físico onde ela estiver

Relatora no Senado, Jussara Lima, e autora na Câmara, deputada Iza Arruda, acompanharam a aprovação. Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

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O Senado aprovou na terça-feira 26 um projeto de lei que garante salas de acolhimento exclusivas para mulheres vítimas de violência nos serviços de saúde conveniados ou próprios do SUS. A proposta segue para a sanção do presidente Lula (PT).

O texto, sob a relatoria de Jussara Lima (PSD-PI), altera a Lei 8.080, de 1990. A diretriz a que se refere a exigência de salas de acolhimento trata do atendimento público específico e especializado com acompanhamento psicológico e outros serviços.

A senadora piauiense afirmou se tratar de um “procedimento salutar a ser adotado em momento especialmente sensível da vida de mulheres que, após terem sofrido violência, se encontram bastante vulneráveis e submetidas a intenso estresse físico e mental, além de marcadas por sentimentos diversos, inclusive contraditórios, como tristeza, vergonha, negação e culpa”.

De iniciativa da deputada Iza Arruda (MDB-PE), o projeto inclui um parágrafo na Lei Orgânica de Saúde e restringe o acesso de terceiros não autorizados pela paciente, em especial do agressor, ao espaço físico onde ela estiver.

O parecer enfatiza que os serviços de saúde são fundamentais no acolhimento das mulheres, uma vez que realizam o primeiro atendimento pós-agressão.

(Com informações da Agência Senado)


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