Política

Senado aprova criação de estatal para explorar o setor aeroespacial

Uma das propostas é viabilizar a exploração comercial do Centro Espacial de Alcântara, no Maranhão

Senado aprova criação de estatal para explorar o setor aeroespacial
Senado aprova criação de estatal para explorar o setor aeroespacial
Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa extraordinária. Ordem do dia. Na pauta, deliberação de autoridades sabatinadas pelas comissões permanentes, e dos demais itens constantes da pauta publicada pela Secretaria-Geral da Mesa - Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Apoie Siga-nos no

O Senado aprovou nesta quinta-feira 12 o projeto de lei que prevê a criação da Alada, empresa pública de produtos aeroespaciais. O texto segue para a sanção do presidente Lula (PT).

O objetivo da nova estatal é “explorar economicamente a infraestrutura e a navegação aeroespaciais e as atividades relacionadas ao desenvolvimento de projetos e equipamentos, e realizar projetos e atividades de apoio ao controle aeroespacial e áreas correlatas”.

Uma das propostas é viabilizar a exploração comercial do Centro Espacial de Alcântara, no Maranhão, considerado estratégico para o lançamento de aeronaves por sua localização próxima à Linha do Equador.

A estatal funcionará como subsidiária da NAV Brasil, empresa pública de navegação aérea criada no governo de Jair Bolsonaro (PL).

Em 2019, o Brasil firmou um acordo de cooperação com os Estados Unidos que, na prática, abre caminho para o lançamento de satélites e foguetes de qualquer país a partir da base de Alcântara, desde que possuam componentes tecnológicos fabricados nos EUA.

A Alada está em desenvolvimento no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, da Aeronáutica, em São José dos Campos, interior de São Paulo, onde nasceu a Embraer.

O texto endossado pelos senadores também autoriza a União a assumir o controle direto da subsidiária por meio da transferência total das ações da nova estatal em posse da NAV Brasil.

Ficará a cargo da estatal “promover e gerenciar as atividades de pesquisa, desenvolvimento, certificação, produção, comercialização, transferência e suporte logístico de tecnologias de emprego aeroespacial”.

O projeto autoriza a cessão de servidores públicos civis e militares e de empregados públicos, independentemente da ocupação de cargo em comissão ou de função de confiança.

Para os militares, qualquer que seja sua atribuição, o tempo à disposição da nova empresa será considerado, para todos os efeitos legais, exercício de cargo de natureza militar. Caberá à subsidiária reembolsar os órgãos e as entidades de origem pelas despesas com o pessoal cedido.

Por meio da adesão a entidade fechada de previdência complementar já existente, a nova estatal poderá patrocinar planos de previdência complementar para seus servidores.

Para seu funcionamento, também está garantido o uso de recursos alocados no Fundo Aeronáutico, desde que sejam aplicados em projetos de interesse do Comando da Aeronáutica.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo