Política

Senado aprova acordo para reduzir gases causadores do aquecimento global

Senadores ratificaram emenda de protocolo internacional para diminuir emissão de substância, que agrava aquecimento global

Senado aprova acordo para reduzir gases causadores do aquecimento global
Senado aprova acordo para reduzir gases causadores do aquecimento global
Foto: iStock Todos os dados indicam que a humanidade está longe de conter o aquecimento global. Foto: iStock
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O Senado aprovou a adesão do Brasil no acordo para a redução da emissão de gases hidrofluorcarbonos (HFCs), que acumulam na atmosfera e provocam o aquecimento global. A substância é comumente usada em aparelhos de ar condicionado, aerossóis, solventes e retardadores de chamas.

Aprovado na quarta-feira, a projeto de decreto legislativo ratifica a Emenda de Kigali, assinada em 2016, que altera o Protocolo de Montreal para reduzir a emissão dos HFCs. Seguido pelo Brasil desde 1990, esse tratado é o único tratado multilateral sobre temas ambientais com ratificação universal.

A adesão ao acordo para a redução dos HFCs, que ainda será promulgada, foi aprovada com dois anos de atraso. O texto para ratificar a emenda internacional havia sido enviado pelo governo federal em 2018, ainda sob a presidência de Michel Temer (MDB). O projeto só foi aprovado pela Câmara dos Deputados em maio deste ano.

Segundo a relatora do projeto, senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), o Brasil era um dos únicos países em desenvolvimento a não aderir ao acordo, junto com o Iêmen. Os dois países também não enviaram uma carta-compromisso prometendo a redução dos HFCs às Nações Unidas (ONU).

“Com a ratificação pela China, provavelmente haverá uma revolução em termos de tecnologia. E como a Emenda [de Kigali] está atrelada ao Protocolo [de Montreal], os países que a ratificam passam a ter acesso aos recursos do protocolo para adaptação dos processos industriais e capacitação técnica da mão de obra”, disse a senadora.

Segundo Gabrili, a estimativa do valor dos recursos é de cerca de US$ 100 milhões para o Brasil, que serão destinados à adaptação das indústrias para reduzir o uso da substância.

O HFC passou a usado como substituto dos clorofluorcarbonos (CFCs) e os hidroclorofluorcarbonos (HCFCs), que agrediam a camada de ozônio. A mudança foi feita após o Protocolo de Montreal.

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