Sem sossego

Apesar do enorme favoritismo, Lula enfrenta dificuldades para consolidar os palanques estaduais no Nordeste

Juntos. No Ceará, Lula fará campanha com Camilo Santana e Elmano Freitas. Na Paraíba, estará ao lado de Veneziano Vital do Rêgo e Ricardo Coutinho - Imagem: Ricardo Stuckert e Redes sociais

Apoie Siga-nos no

A poucos dias do prazo final a para realização das convenções partidárias, o ex-presidente Lula tem exercitado ao máximo a sua veia de estrategista para administrar problemas, evitar rusgas e atender todas as forças políticas que o apoiam, mesmo em regiões onde é franco favorito, como no Nordeste, onde lidera com cerca de 60% das intenções de voto. Esse favoritismo, inclusive, fez a campanha de Bolsonaro agir com pragmatismo, deixar um pouco de lado o voto nordestino e priorizar o maior colégio eleitoral, o Sudeste, na tentativa de ampliar a votação. É no Sudeste também onde está o maior problema da campanha lulista neste momento, mais especificamente no Rio de Janeiro, onde o PSB apresentou a candidatura de Alessandro Molon para senador, descumprindo um acordo com o PT, que vai lançar André Ceciliano, presidente da Assembleia Legislativa. Agora, o PT ameaça retirar o apoio a Freixo.

Nos eventos de campanha com pessebistas, Lula tem mandado seu recado: “O PT vai cumprir os acordos com o PSB, para o PSB cumprir o que acordou com o PT. Sou do tempo que não precisava de documento para se cumprirem acordos. Eles eram feitos no bigode”, discursou o petista, em cima do palanque de ­Danilo Cabral, candidato a governador em Pernambuco. Visivelmente incomodado, o recado de Lula foi uma resposta ao PSB por ter lançado Molon no Rio e porque a legenda vinha cobrando a presença de Lula em Pernambuco para reforçar a campanha de Cabral e se contrapor ao palanque de Marília Arraes, do Solidariedade, líder nas pesquisas para o governo do estado e que vem fazendo campanha casada com o presidenciável do PT.

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.