Política

Sem renovação, esquerda disputará o segundo turno no Amapá

Atual governador Waldez Góes, do PDT, enfrentará o ex-governador João Capiberibe, do PSB

Sem renovação, esquerda disputará o segundo turno no Amapá
Sem renovação, esquerda disputará o segundo turno no Amapá
Apoie Siga-nos no

Com 100% dos votos apurados, irão a segundo turno no Amapá os candidatos Waldez Góes, do PDT, com 33,55% dos votos válidos e João Capiberibe, do PSB, com 30,10%. Ambos já governaram o estado duas vezes. 

Waldez Góes, o atual governador, comandou o estado nos mandatos iniciados em 2007 e 2015. Na década de 90, disputou a prefeitura da capital e o governo do estado — também contra Capiberibe —, mas não foi eleito. Foi deputado estadual entre 1995 e 1998.

Em 2010, passou oito dias preso na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, sob acusação de participar em uma organização criminosa que teria desviado recursos públicos do Amapá e da União. Sete anos depois, as quatro ações penais oriundas da operação da PF contra ele foram rejeitadas pelo STJ. “Sempre disse ao povo do Amapá que eu não tinha culpa”, afirmou, à época.

João Capiberibe foi governador do Amapá entre 1995 e 2002, prefeito da capital e senador por dois mandatos. No primeiro deles, no entanto, teve seu mandato cassado pelo TSE após um ano no cargo. O tribunal acatou denúncias de compra de votos de duas eleitoras, que teriam recebido 26 reais cada uma para votar no pessebista, em 2002. À época, ele alegou ter sido vítima de uma armação de adversários políticos.

Em 2006, disputou o governo do Amapá e perdeu para Góes em primeiro turno. Em 2010, tentou voltar ao Senado, mas teve sua candidatura indeferida pela Lei da Ficha Limpa. Nas eleições atuais, sua coligação inclui somente o PT.

Capiberibe entrou para a política institucional em 1988 e foi um dos fundadores do PSB. Antes disso, participou do enfrentamento à ditadura e tentou criar um grupo de guerrilha no Norte inspirado na Aliança Libertadora Nacional, de Carlos Marighella. Foi preso, torturado e se exilou por dez anos. É formado em engenharia agrícola pela Universidade do Chile, país onde morou.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo