Sem Bolsonaro, violência contra jornalistas cai quase 52% em 2023

O total de episódios de violência, porém, é maior que o detectado pela Fenaj em 2018, antes de o ex-capitão ser alçado ao cargo

O ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Mauro Pimentel/AFP

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O Brasil registrou uma redução de quase 52% no número de casos de agressão contra jornalistas em 2023 em comparação ao ano anterior, o último de Jair Bolsonaro (PL) na Presidência da República. Os dados constam de um relatório produzido pela Federação Nacional dos Jornalistas, a Fenaj, a ser lançado na próxima quinta-feira 25.

Houve 181 agressões contabilizadas no ano passado, ante 376 registradas de janeiro a dezembro de 2022.

O total de episódios de violência, porém, é maior que o detectado pela Federação em 2018, antes de o ex-capitão ser alçado ao cargo – naquele ano, o levantamento identificou 135 casos.

Para a Fenaj, a diminuição dos episódios está diretamente relacionada à retração de um discurso institucionalizado contra a imprensa, encampado por Bolsonaro durante a campanha presidencial. A entidade avalia, porém, ser necessário manter o alerta.

“A realidade cotidiana do trabalho dos jornalistas permanece preocupante’, pondera Samira de Castro, presidenta da Federação. “As agressões à categoria e ao jornalismo continuam e, em determinadas categorias de violência, até cresceram significativamente em 2023.”

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