Sem apoio do governo, CPI dos atos golpistas no Senado não deve ser instaurada

Base aliada tem receio que procedimento gere desgaste do governo e dê palanque para bolsonaristas

Ataques golpistas em Brasília deixaram estruturas de prédios destruídas. Foto: Carl de Souza/AFP

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A proposta de instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar a responsabilização pelos atos golpistas de 8 de janeiro em Brasília enfrenta dificuldade para encontrar apoiadores e não deve sair do papel.

Os senadores que articulavam a comissão, não conseguiram angariar assinaturas de senadores após início da nova legislatura, em 1º de fevereiro.

De autoria da senadora Soraya Thronicke, o documento teve apoio de 38 parlamentares, incluindo aqueles que não renovaram o mandato e outros que desistiram da abertura da CPI.

A falta de apoio foi consequência da pressão feita por integrantes do governo Lula (PT) para que a Comissão não fosse instaurada.

No entendimento do governo petista, ainda que liderada por aliados, a CPI poderia desgastar a imagem da nova gestão e poderá servir de palanque para os bolsonaristas do Senado.

Na visão deles, as investigações lideradas pela Polícia Federal e pelo próprio governo já são suficientes para lidar com os golpistas.


Sem apoio do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, agora a oposição se articula para tentar instaurar uma Comissão mista com deputados e senadores, usando da força da bancada do PL na Câmara.

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